Prefeitura e empresários discutem medidas para conter a infestação e diminuir a população do mosquito na região do Ribeirão São Luiz

Cornélio Procópio- A grande infestação de borrachudos em um raio de até 30 quilômetros nas margens do Ribeirão São Luiz tem preocupado o prefeito Fred Alves (PSC). Em reunião realizada recentemente, o prefeito firmou parceria com empresários para minimizar a situação. Desde 1999 não se constatava um índice tão elevado de mosquitos desta espécie. Devido ao grande número de borrachudos, a prefeitura de Cornélio confirmou parceria com empresas próximas ao lago como Cia Iguaçu, UENP (Universidade do Norte do Paraná) e Sanepar que há mais de sessenta dias vem organizando ações para amenizar o problema em caráter emergencial.

Segundo o diretor de agricultura do município, Maurílio Soares, o aumento dos borrachudos é causado pelo desequilíbrio no ecossistema que não possui espécies predadoras das larvas do borrachudo para o controle natural da espécie. “Este desequilíbrio está acontecendo em diversas partes do país em diferentes espécies que estão se reproduzindo sem controle natural. Em Cornélio, o aumento significativo foi dos borrachudos que, de acordo com as exigências do prefeito Fred Alves, terá sua proliferação controlada de acordo com orientações especialistas”, revelou Soares.

Para solucionar este problema, os parceiros estudam a contratação do especialista em controle de borrachudos José Lopes, professor da UEL (Universidade Estadual de Londrina). O custo para o controle do mosquito será divido entre o município e as empresas e terá a duração mínima de três a quatro aplicações de produto biológico específico para esta espécie de mosquito, sem afetar outros insetos.

Mosquito Borrachudo

O mosquito borrachudo é uma espécie antropofílica, ou seja, que se alimenta de sangue podendo causar incomodo, irritação e manchas na pele. A fêmea costuma depositar os ovos em margens de água até a eclosão e finalização do ciclo. A multiplicação dos mosquitos acontece rapidamente sendo necessário estudo para dosagem do produto biológico para controle da espécie. O acompanhamento de aumento e diminuição do mosquito deve ser estendido em até cinco anos para que se evite uma nova proliferação.

(Comunicação / Prefeitura)